Review: Boku no Hatsukoi wo Kimi ni Sasagu


Olá, gente.

Há algum tempo atrás, indiquei um filme chamado Boku no Hatsukoi wo Kimi ni Sasagu. Hoje, vou falar do mangá no qual este filme foi baseado. Leiam a sinopse:

Mayu e Takuma ainda são crianças. Mayu, cujo pai é médico, conhece Takuma, que está internado no hospital onde seu pai trabalha. Nasce um sentimento entre eles, mas Mayu descobre sobre a grave doença de Takuma que o matará antes de ele completar seus 20 anos. Já Takuma desconhece a gravidade de sua doença até ter que se consultar com um médico desconhecido em uma das viagens da escola. Lidando com a fatídica revelação, o garoto tenta evitar que Mayu sofra com sua morte e tenta desfazer romper com a mesma, ainda que isto machuque a ambos.


Nome original: 僕の初恋をキミに捧ぐ
Outros nomes: Secret Unrequited Love | I Give My First Love To You.
Autora: Aoki Kotomi.
Volumes: 12.
Capítulos: 71.
Data de publicação: 5 de agosto de 2005~5 de julho de 2008.
Curiosidades: Spin-off de Boku wa Imouto ni Koi wo Suru, um mangá que conta a história de Yori e Iku, dois irmãos gêmeos que se apaixonam um pelo outro; ambos aparecem em BokuKimi. Ganhou um live-action em 2009 (review).

Na ordem: Takuma Kakinouchi (12), Mayu Taneda (12), Narumi Ikuta (14), Ritsu Suzuya (12), Kou Suzuya (15) e Koutarou Kamio (15).
Antes de falar da história em si, vou falar do traço, que me desagradou bastante. Para começar, não leio muitos shoujos, então fico incomodada com os olhos enormes da maioria deles (não creio que vou conseguir me acostumar um dia) e acho que BokuKimi exagerou na dose. Tanto olhos quanto orelhas são anormalmente grandes até para shoujos.

A orelha do Ritsu e o Ritsu
Além disso, os personagens não são muito diferentes uns dos outros, a ponto de várias vezes me obrigar a reler certas partes porque, mais na frente, descobri que não era o fulano que estava falando, e sim o sicrano. A autora parece estar ciente disso, visto que em diversas ocasiões colocou o nome dos personagens ao lado dos mesmos.

Eles também nunca aparentam ter a idade que tem. Em dado momento, é mostrada uma ficha com as informações dos mesmos e só pude pensar “como assim-- eles têm 12 anos!?”. Nem preciso dizer que os personagens com 15 anos pareciam ter 20~22.

Também achei exagerado o uso de chibis/SD. Alguns momentos são de partir o coração ou seriam... Se a mangaká não arruinasse o clima no quadro seguinte com chibis. Fiquei irritada, pois a auto-sabotagem é constante.

Apesar de ter apenas 12 volumes, tive a impressão deste mangá “durar para sempre” por parecer que a história estava sendo forçadamente estendida. Em certos momentos, eu simplesmente não aguentava mais olhar para a cara dos personagens principais, então vou me focar em falar deles, já que a história é basicamente a sinopse e mais detalhes ocasionariam em spoilers.

Ao contrário do filme, que é contado sobre a perspectiva de Mayu, o mangá nos conta a história através dos olhos de Takuma que, devo dizer, é bem mais interessante que a garota no mangá.

Mayu pode enxergar sua alma
Takuma é um personagem com um nível aceitável de carisma. Tem boa aparência, é popular na escola, mas também sofre com a insegurança de saber se sequer vai chegar a viver a fase adulta para fazer a pessoa que ama feliz.

Nesse quesito, devo parabenizar a autora, pois a guerra interna do rapaz é palpável. O leitor consegue se por no lugar de Takuma, que sente o peso da morte no momento em que deveria estar cheio de vida e se força a ter atitudes de um adulto quando é apenas uma criança.

Mayu é igualmente bonita, popular na escola por ser inteligente e boa em todos os esportes (gente?) e também se torna um pouco insegura com o passar do tempo em razão de Takuma constantemente rejeitar seus sentimentos.


Devo dizer que existem poucas semelhanças entre a versão da personagem no mangá e no filme, e a original me irritou bastante. A sua petulância é divertida em algumas situações, mas, depois de um tempo, se torna desagradável e, se eu tivesse uma amiga com aquele comportamento, não sei se nos daríamos muito bem.

Sei que, provavelmente, esta é uma opinião bem impopular, mas o amor dela pelo Takuma beira a obsessão. Perdi as contas de quantas vezes gritei internamente que a maioria dos seres humanos já teria desistido e se apaixonado por alguém que demonstrasse valorizar seu amor. Lembrando que este alguém, de fato, aparece na história.


A ideia de ela se apaixonar por alguém aos oito anos e continuar amando-o anos depois já é complicada, mas crível até certo ponto. Entretanto, ser rejeitada várias vezes e simplesmente parar no tempo? Não sentir em nenhum momento que seus sentimentos estão enfraquecendo? Pelo contrário, sentir que o ama ainda mais e que é a culpada de ele não retribuir? Mayu-chan, get your crap together!

A pior parte é que esse mal não atinge somente os protagonistas. Seus colegas também se apaixonaram por alguém assim que entraram na nova escola e continuaram interessados pela mesmíssima pessoa anos depois. O único que não segue esse padrão, aparentemente, é um dos senpais que, apesar de passar anos apaixonado pela mesma garota, segue em frente depois de vários foras.

Não tenho essa altura nem com 23 anos </3
Como o main plot é bem clichê, não há muito o que falar dele, mas acredito que a maioria dos leitores irá chorar com o sofrimento de Takuma e Mayu, afinal, a autora não falha em nos fazer sentir o desespero de ambos e desejar que tudo se resolva logo.

Um dos momentos mais marcantes se dá quando ele tenta desejar que ela encontre outra pessoa e se apaixone novamente, mas acaba se rendendo as lágrimas por, de fato, não querer entregar a “sua Mayu” para ninguém.

Confesso que não chorei muito. Aliás, acho que não chorei nada com o casal principal, mas a história de Kou  grande amigo de Takuma que perdeu o pai para a mesma doença com a qual o garoto sofre  conseguiu me deixar bem triste. Literalmente, passei um bom tempo me perguntando o motivo que levou a autora a fazer isso com meu personagem favorito

O final não é exatamente previsível e o leitor fica com o coração na mão até o último momento, porém os últimos quadros são muito bonitos e me fizeram suspirar aliviada. Para alguns, a autora deixou o final aberto para interpretações. Para mim, está bem claro o que aconteceu com Takuma, mas prefiro que cada um tire suas próprias conclusões.

Ritsu, Takuma e Kou-sama: SÓ OS LINDO
Em suma, Boku no Hatsukoi wo Kimi ni Sasagu é um mangá decente, indicado para quem gosta de ler romances com tragédias, corações partidos, felicidade aparentemente inalcançável e que não se importa muito com o traço estranho da autora.




Esperem! Ainda não acabou! Fui indicada para uma tag de Natal e, infelizmente, vi muito tarde, mas vou responder mesmo assim, haha.

• Árvore de Natal artificial ou natural? Não é como se eu pudesse escolher a natural, então... Artificial. Além disso, poderia comprar uma mini e colocar na mesa!

• Natal com neve ou com sol? Deve ser supimpa Natal com neve. Um dia, vou ter essa experiência!

• Esperar pela manhã ou abrir os presentes à meia-noite? Sorrateiramente, abrir os presentes antes da meia-noite, mas embrulhá-los perfeitamente outra vez e esperar a boa vontade da minha mãe entregá-los a mim (era isso que eu fazia quando criança).

• Qual o filme que adora ver nessa época? Não existe um filme que eu prefira assistir nessa época, mas meus filmes favoritos que abrangem esse tema são O Grinch e O Estranho Mundo de Jack, que é mais Halloween, mas vamos ignorar esse fato.

• Cânticos de Natal no shopping: sim ou não? Nunca vi, mas acho que não iria gostar.

• Que roupas usa no dia de Natal? Pijama ou se veste toda bonitinha? Pijama, porque não comemoro, haha.

• Qual sua comida de Natal favorita? E existe uma coisa dessas? Peru, salpicão, pavê, chocotone, farofa, maionese, vatapá... COMO ESCOLHER?

• O que quer ganhar no Natal? Como não comemoro, as pessoas não me dão presentes a não ser que eu entre em algum Amigo Secreto, então não penso nisso.

• Planeja antecipadamente os presentes ou deixa para a última hora? Não preciso me preocupar com isso~!

• Veste-se de Papai Noel? Tô passando mal só de me imaginar fazendo tal coisa.

• Qual sua música preferida de Natal? Me esforcei para pensar em uma, mas nada me veio a mente.

• Onde passou o último Natal? Passei o dia 24 na casa da minha avó, mas voltei para casa ainda no começo da noite e lá fiquei até o dia 26.

Muito obrigada a Jamylle do blog Come Back Home e a Narumi do blog Curiosidades Orientais Japão por terem me indicado! Sintam-se virtualmente abraçadas. Como já passamos da época do Natal, adaptei algumas perguntas e acho melhor não indicar os 12 blogs. Vou esperar até Dezembro para indicar... Será que lembro? Haha.

Até o próximo post!
 
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