Review: Danganronpa – The Animation


Olá, gente!

Hoje, teremos review de uma adaptação de game: Danganronpa: Academy of Hope and High School Students of Despair – The Animation!

Danganronpa foi, antes de tudo, um jogo para PSP lançado em 2010 e, como nunca joguei, farei esta review baseada somente na visão que tive do anime, o que deve ter ajudado muito a dar a nota que dei. Vamos à sinopse:

Um grupo de 15 estudantes de elite estão reunidos em uma escola muito especial. Se formar nesta escola significa que você será bem-sucedido na vida, mas conseguir isto é muito difícil. Ao chegarem lá, eles descobrem que esta escola é comandada por um urso chamado Monokuma, que explica a esses alunos que sua formatura gira em torno de cometer um assassinato. Para se formar e sair da escola, é necessário matar um de seus colegas e não ser descoberto. Se os outros colegas de classe descobrirem a identidade do assassino, o mesmo é o único executado. Entretanto, se falharem em pegar o culpado, só o assassino se forma e os outros são aniquilados. Qual dos 15 sobreviverá a este banho de sangue?


Comecei a assistir este anime por indicação de um amigo que sabe que sou fã de Battle Royale e, apesar de a história de ter que matar para sobreviver não ser nenhuma novidade para mim (sou fã de Battle Royale!!!), o “não ser descoberto” traz algo um pouco diferente.

Em Danganronpa, conhecemos Makoto Naegi, um garoto comum que, por sorte, acaba indo para o Colégio Topo da Esperança. Ao colocar o primeiro pé no pátio do colégio, ele perde os sentidos e acorda em uma sala com todas as janelas trancadas com parafusos enormes. Após constatar que não consegue abri-las, Naegi segue para a quadra, onde encontra outros quatorze estudantes, inclusive uma antiga colega da qual não era muito próximo, a idol Sayaka Maizono.


Após um breve momento de apresentações (onde conhecemos alunos de elite com atribuições como “Melhor Nadadora a Nível Colegial” e “Melhor Líder de Gangue de Motocicletas”), um urso robótico chamado Monokuma surge e se apresenta como diretor da instituição. Como tal, ele é encarregado de informá-los que, para se formarem e saírem do colégio, terão que cometer um assassinato e não ser descobertos. Caso não desejem fazê-lo, a melhor opção é esquecer que existe um mundo além daquelas paredes e aceitar viver uma vida pacífica dentro da escola.

No primeiro momento, quase todos se opõem firmemente a ideia de matar, no entanto, quando Monokuma ameaça seus entes queridos, alguns se desesperam e não demora muito para o primeiro assassinato acontecer.

Isso é o que acontece quando Avril Lavigne se machuca. Brincadeiras à parte, sim, o sangue é rosa.

Existem várias regras e formalidades a serem seguidas, como um anúncio feito por Monokuma através das muitas caixas de sons espalhadas pelo prédio quando três alunos encontram um cadáver. Depois disso, lhes é dado um breve tempo para coleta de possíveis pistas para seguirem ao class trial (julgamento em classe, se preferirem) e, finalmente, chegam ao veredito, seguido de punição.

Se você está à procura de um terror psicológico ou coisa parecida, não encontrará em Danganronpa, pois, aqui, o mistério prevalece com estas quatro perguntas: “quem se tornará um assassino?”, “quem será assassinado?”, “por que isso está acontecendo?” e “quem está por trás disso?”.


A princípio, os personagens se mostram interessantes, mas, como são muitos alunos para conhecermos em apenas treze episódios, é difícil conectar-se a algum, afinal, só os conhecemos superficialmente. O desenvolvimento da maioria também é quase nulo. Se isso é um ponto crucial para você, já pode esquecer Danganronpa.

No entanto, um ponto positivo a ser notado é a ótima dublagem que permeia o anime. Todas as vozes se encaixam perfeitamente com os personagens, e os dubladores são inegavelmente talentosos, com destaque para Megumi Toyoguchi e Miyuki Sawashiro.

O design dos personagens é bem estereotipado e se, porventura, alguém assistir sem saber que se trata de uma adaptação de jogo, achará tudo muito exagerado e estranho, mas não é algo que estrague a obra.

Por falar nisso, tenho que dizer que a arte como um todo grita “hey, viemos de um game”. A animação também contribuiu para isso ao apresentar uma boa parcela de CG que, aparentemente, não tem como motivo o baixo orçamento da animação (que está longe de ser das melhores), mas sim a intenção de remeter ao jogo e fazer com que nos sintamos “interagindo” com aquele mundo.

Ao contrário das execuções que ocorrem quando um assassino é descoberto, os assassinatos não são, de fato, exibidos, mas, isso é parte do mistério e, como tal, é revelado quando este é resolvido durante os class trials.


Os class trials são os melhores momentos do anime, pois, a não ser que tenha jogado o jogo, você nunca sabe quem é o assassino. Para continuarem vivos, os alunos precisam descobrir o maior número de pistas possíveis em pouco tempo de investigação, além de derrubar álibis falsos e desvendar outras mentiras.

Vê-los criar teorias, destruir outras, ter suas teorias destruídas, com certeza, são os momentos mais interessantes de Danganronpa. Não posso esquecer-me de mencionar quando um assassino tenta, a qualquer custo, fazer os demais acreditarem em sua inocência. O desespero deles é palpável.

Detetive Naegi-kun acusando o assassino

Embora tenha esses pontos positivos, o maior defeito de Danganronpa – e o que o estragou para muitos – são os poucos episódios disponíveis para o desenvolvimento de uma boa história.

Mais de 15 personagens, assassinatos, investigações, class trials, punições e o principal mistério resumidos em treze episódios? Não precisa ser um gênio para perceber que iria parecer uma “história mal contada”. Para fazer jus ao que tentavam contar, era necessário, no mínimo, 26 episódios.

Além da premissa Battle Royale-isho que me levou a continuar assistindo este anime foi desejar respostas para as dúvidas que permeavam minha mente enquanto assistia (queria saber se o personagem principal iria morrer ou matar alguém, quem e se sobraria algum aluno no final, quem diabos controlava Monokuma, etc.), a dublagem 10/10, alguns personagens interessantes e... Eu realmente estar gostando das reviravoltas e julgamentos. Inclusive, duas mortes me fizeram chorar.

Euzinha durante o julgamento relacionado a morte →da Sakura-chan.

Entretanto, ao levar em conta o pouco desenvolvimento de muitos personagens, o clima corrido da história – que não foi tão perceptível quanto para quem não jogou Danganronpa –, algumas perguntas sem respostas (como Kirigiri descobriu tantas coisas?), final semi-aberto que dá esperança de uma segunda temporada, mas que provavelmente não acontecerá... Não consigo classificá-lo de outra forma que não seja:

E isso só me faz pensar que deveria ter dado 2,5 para Zankyou no Terror.

Enfim, tenho que admitir que gostei de Danganronpa, mesmo com seus defeitos, e quero jogar o jogo no qual foi baseado, mesmo sabendo o que vai acontecer, apenas para conhecer melhor cada um dos personagens (li várias vezes reclamações de como o jogo trabalha o desenvolvimento dos personagens e o anime não).

Me despeço esperando que essa imagem não saia da cabeça de vocês:

Clique no gif para ter a experiência completa!
Até a próxima!

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